segunda-feira, outubro 23, 2006

Delirium (parte 1)

(Nota Prévia: Apesar desta ser a parte mais longa que já postei gostaria que a lessem com atenção e me dessem a vossa opinião. Estava difícil chegar a esta parte...)

Estava já no seu quarto pronta para dormir no aconchego da sua cama espaçosa. De roupão feito de linho e o Cisne Negro buscava no seu cérebro sentimentos de medo e angústia, sofrimento e dor, tristeza e alegria.
- Queria estar em casa agora…- murmurou profundamente.
Desejou ter cabelo para enrolar no dedo. O cansaço reteve a sua mão de o tentar, era tão inútil como o fugir dali. Jamais o conseguiria.
O sono tardava a surgir devido a essa teimosa inquietação. A Rinkinen sentia-se impelida por uma preocupação mental. O silêncio costumava pregar tais partidas.
Por entre reviravoltas distraídas no seu leito, a sua mente sugeriu-lhe um delicioso passeio pela divagação cristalina.
Assim o fez sem se restringir. Afastou os lençóis acetinados e levantou-se. Olhou em seu redor à procura de um motivo que a tranquilizasse. Não encontrara nenhum. Quase tudo o que ali havia não era seu pertence. Não lhe atraía de todo o aposento que lhe fora destinado. Assim como não lhe atraía viver na Montanha da Luz, por mais espaventosa e agradável que fosse. Não estava a ser ingrata, estava apenas a ser honesta.
Foi desse modo que partiu em busca de uma estabilidade que aquele espaço não lhe proporcionava. Seguiu um sentido tão embrionário como era o seu sexto sentido. Caminhou descalça em passos afincados. O chão poderia ser frio mas não ao ponto de contrariá-la. Por momentos sentira-se fora de si.
Quase sem se aperceber encontrava-se a vaguear pelo corredor principal do primeiro andar. Sentia-se uma espeleóloga sem causa. Abeirou-se a uma das muitas amplas janelas e foi aí percebeu qual a sua intenção: indagar o fenómeno que a Luz Frouxa causava em si. Prosseguiu para indagar o outro lado da sua realidade.
Perdeu-se em voltas labirínticas naquele Templo notabilizado pelos seus intermináveis halls e torreões geometricamente perfeitos. Poucos eram aqueles que tinham o privilégio de passear naquele tão imponente e tão restrito Templo.
A sua curiosidade furtiva levou-a uma grande sala com imensas cortinas de seda de várias cores que se movimentaram num sopro de ar. Sentira de imediato uma descarga friorenta a percorrer a sua pele.
Verificou a entrada que dava acesso a mais um salão. Caminhava lentamente de olhos elevados no fantástico tecto abaulado. Estava tão distraída que não tinha reparado que se encontrava num dormitório e que estava cercada de pessoas que dormiam tranquilamente.
A surpresa levou-lhe a mão à boca. Quando distinguiu aqueles corpos dormindo em inúmeras camas expostas em fila. A luz era diminuta, mas a suficiente para enxergar aqueles rostos. Não reconhecia nenhum deles. Eram todos adultos na casa dos vinte, trinta anos.
Não lhe pareceu razoável estar ali, sentia-se como uma infiltrada. E como não desejava causar nenhum distúrbio, seguiu em frente até a uma porta de madeira lustrosa. Caminhava de bico de pés para não acordar ninguém.
Entrou na divisão adstrita de costas voltadas, enquanto fechava a porta sem causar o mínimo ruído. Quando girou sobre si própria apercebera-se que tinha acabado de entrar noutro dormitório muito idêntico ao que tinha estado anteriormente. Desta feita os seus ocupantes aparentavam uma idade mais avançada.
- Estarei no Templo do Sono? – divagou pensativamente numa expressão patética. Só lhe faltaria encontrar um dormitório de crianças.
Tivera o mesmo pressentimento que a levantara da cama, a mesma sensação instintiva. Havia qualquer coisa que precisava ser descoberta, uma verdade escondida.
Escutou murmúrios vindos da primeira camarata. Voltou ao mesmo. Os seus passos foram mais lestos quando os seus ouvidos escutaram o estrépito acutilante de um jarrão de cerâmica que caíra ao chão e partira-se.
Entrou descaradamente esperando encontrar alguém acordado mas tal não se sucedeu. Porém sentiu a presença de alguém atrás de si. A princípio não conseguia ver para além o vulto de homem de elevada estatura.
- És tu avô?
Não obstante a pergunta da criança, o homem permaneceu calado, impávido e sereno. O seu silêncio dava a entender que não lhe constituíra nenhuma surpresa encontrá-la ali.
Seria um dos guardiães do Templo? O Cisne Negro tentara adivinhar sem se aproximar da pessoa que não conseguia distinguir com exactidão. Temia ouvir um sermão, ou não fosse o Povo do Cristal caracterizado pela sua disciplina austera.
O homem desviou os cascalhos do que antes era um jarrão para retirar um pequeno objecto cilíndrico que cabia na palma da mão. Fê-lo rolá-lo pelo chão até parar junto aos pés da criança. Era uma esfera prateada. Tocou-lhe considerando desde logo uma frivolidade.
Bocejou num profundo anseio. As suas pálpebras começavam a pesar-lhe. Esfregou os seus olhos sonolentos à medida que estranhava como ninguém tinha acordado, nenhum deles! Uma bebé de apenas dois anos não conseguia conceber tal descanso imperturbável.
O vulto ergueu-se fitando directamente a Rinkinen e falou-lhe numa língua que não compreendia.
- Ato Nuardi thaj Sictum…
Foi-lhe proporcionado enxergar com clareza quem estava ali consigo. Afinal não era um homem mas sim uma mulher lindíssima de longos cabelos doirados, um rosto angélico e um corpo esguio.
- Yamsh bei…- pronunciou numa voz absortamente doce colocando o dedo sobre os seus lábios finos.
A mensagem era clara. O silêncio. Abordou-o com exímia delicadeza. Apenas escutava o bater do seu coração.
- Tenho sono…- murmurou com a cabeça direccionada para o chão obscurecido.
Mirou aquela esfera prateada que magicamente se deslocou ligeiramente antes de libertar uma espécie de fumo espesso. A própria esfera tinha mudado de cor, já não era prateada mas sim negra.
Quis demandar à ninfa o que estava a acontecer quando inesperadamente esta se projectou violentamente na sua direcção. Na sua sonolência achou que tudo o que ela queria era segurar aquela esfera e reter os fumos que se estavam a espalhar tal e qual como o queimar de incenso.
Não obstante os seus engulhos medonhos revelavam o verdadeiro rosto daquela mulher. Jamais lhe poderia ser atribuída o estatuto de bela quando as suas órbitas eram desproporcionadas em relação ao seu rosto desfigurado. Numa perplexidade assustadora, a Rinkinen desatou a correr tentando fugir àquela criatura horrorosa. Podia escutar aquela voz exasperante e tinha a noção que ninguém ali iria socorrê-la. Pudera, estavam todos aprisionados num sono eterno.
Os passos titubeantes e olhos fechados da criança tornaram-se num grande perigo pois não sabia por onde se endereçava. Poderia ir contra uma parede, um pilar ou uma porta e magoar-se seriamente.
Fugiu na cegueira tão apavorada que, a dada altura, sentiu o chão a fugir-lhe dos pés. Afinal tinha descido um degrau das escadarias Viginti Tres. Apercebera-se tarde demais pois tinha colocado mal o pé nesse primeiro degrau e desequilibrou-se de tal forma que não conseguiu proteger-se do trambolhão. A luz do mundo cristalino apagou-se na vertigem e no embatimento da sua cabeça na dureza do mármore. Não houve tempo para evitá-lo, o seu corpo tinha rolado desamparadamente os vinte e três degraus só estagnando no rés-do-chão. Aquela queda abrupta deixara a bebé inanimada… o silêncio regressara em absoluto…

sábado, outubro 14, 2006

Viginti Tres (parte 4)


Mar-Hir abraçou-a numa infinita benevolência. Sentira-se tocado pela sensibilidade daquela criança tão nova e já lidava com as promiscuidades do karma.
- Felicito-te! És uma criança abençoada! - considerou colocando a mão sobre a cabeça da Rinkinen. - Estou certo que Mariah e Har-Meand irão rejubilar com a recepção desta tua primeira carta. – brincou no seu jeito mais paternal.
A memória do Pontífice era povoada por um número indeterminado de momentos como aquele. Momentos longínquos é certo, mas era aquela criança, nenhuma outra, que suscitava a leitura do memorial do seu passado. Jamais esqueceria o que se sente quando um pequeno ser nos chama de pai, pois já tinha tido um filho outrora. Nunca tinha sido avô. E agradava-lhe imenso tê-la como sua neta.
- E quanto a essas aves encantadoras a que chamamos gaeas… fica sabendo que são capazes de falar como se de uma pessoa se tratasse! – elucidou com ênfase.
De semblante boquiaberto, o Cisne Negro desejou ter uma gaea como companhia de forma a suprimir a solidão de que padecia.
Porém, na sua mais abreviada candura, reformulou o seu pensamento irreflectido. Jamais trocaria o amor pelos seus cisnes, mesmo que estes não proferissem palavras, por uma ave que falava por mais surpreendente que lhe pudesse parecer.
Pulou no seu modo tão distintivo imaginando-se um cisne a abrir as suas asas e a querer voar. Quantas vezes repetira os mesmos gestos e nunca conseguira aprender a voar?
- Ainda que… deixa-me dizer-te que tens alguns erros aqui, o que é perfeitamente normal. - interrompeu avassaladoramente o sonho espalhafatoso da criança. - Aliás surpreende-me o facto de serem tão poucos! – elogiou antes que fizesse um estrondoso burburinho acerca das suas falhas.
A Rinkinen quis saber onde tinha errado. Para além da sede de aprendizagem, herdava o perfeccionismo do seu pai. Tinha consciência que não dominava a pontuação, embora Asrae já lhe tivesse explicado.
Então, Mar-Hir corrigiu-a na sua voz mais pautada. Falou-lhe da questão dos acentos e dos sons que não tinha associado correctamente. Fez questão que pronunciasse verbalmente as palavras que se tinha equivocado para que lhe elucidasse quanto às sílabas referentes a esses sons, como fora o caso de “que-ro”, “jei-to” ou “ou-vis-te”.
- Diz-me pequeno Cisne... já és capaz de dizer anticonstitucionalmente? – desafiou com audácia.
- Anticonstitucionalmente. - repetiu magistralmente sem soletrar.
- Muito bem!
O Ancião cruzou os olhos com Asrae que ainda permanecia no topo das escadarias Viginti Tres. Numa comunicação telepática o Pontífice propôs-lhe que se retirasse para o cumprimento dos seus outros serviços. Além de ama do Cisne Negro, a Sacerdotisa dos cabelos claros dirigia um grupo de Iniciados e Acólitos no ensinamento da psicologia metafísica, que tem como base a origem e destino da alma.
- Acompanha-me num passeio. - sugeriu o avô harmoniosamente.
A criança seguiu-lhe os passos deliciada com a ideia de espairecer um pouco. Sempre era mais agradável do que estar fechada naquele silêncio templário quando lá fora a natureza sumptuosa e ruidosa chamava pelo seu nome.
Por outro lado assustava-lhe que, pelo caminho, alguém reparasse no seu cabelo curto. Era um suplício que atacava o seu espírito fragilizado. Para escapar ao constrangimento e à vergonha caminhava muito próximo do Pontífice tornando-se na sua sombra. Desse modo ninguém ousaria fazer troça de si.
Ultrapassaram um corredor onde estavam expostos frisos e baixos-relevos comemorando a arte medieval, os primórdios da Fundação daquela Tribo.
O grande clarão revelava que se encontravam no exterior. Eram ardentes os raios luminosos azuis transparentes emitidos pelo Grande Cristal, provenientes da Pirâmide de Cristal, bem no cume da montanha mais elevada de Atlântida.
Havia uma outra magnificência que se encontrava mesmo em frente. Era a estátua da Deusa Anfitrite de proporções descomunais, mais de duas dezenas de metros de altura, seguramente. Situava-se bem no centro daquela praça. Tal divindade fora esculpida para representar uma tranquilidade inabalável.
Nesse instante Mar-Hir confrontou-a com a seguinte pergunta:
- Estás a gostar de viver aqui? – averiguou querendo libertá-la dalguma inquietação que costumava estar patente na sua expressão.
- Às vezes sinto que são um pouco duros. Gostava de poder brincar com as outras crianças que aqui vivem. Raramente as vejo. – desabafou num suspiro. - O avô tem algum filho?
Entretanto um grupo de jovens iniciados passava-lhes pela direita a dez metros de distância tomando a direcção oposta. Impulsivamente o Cisne Negro acelerou o passo refugiando-se atrás de uma das pequenas estátuas de ninfas montadas sobre cavalos-marinhos.
- Tive um… - murmurou pensativamente sem se aperceber do súbito receio da Rinkinen.
- E onde está? O que lhe aconteceu…? – indagou sem ter a verdadeira noção do modo bastante informal com que lançara tais questões. Ninguém teria tal atrevimento perante Sua Santidade.
- Caiu…- respondera muito sucintamente desviando o olhar.
Chegaram até à extremidade daquela praça adjacente ao Templo e aí puderam apreciar a vista panorâmica do continente atlante, do mar Solahum, das ilhas mais próximas, do Monte Atlas, com a Venerada Sirtione, a Árvore da Vida, enraizada no seu cume, e bem lá no fundo os tons acinzentados das Montanhas Naavram. Aquele era, indubitavelmente, um ponto privilegiado de observação para toda a natureza envolvente.
O estrépito que se ouvia incessantemente provinha da enorme cascata denominada A Queda de um Anjo, a fronteira que dividia os reinos Rinkinen e Margrietus, com o Povo do Cristal estabelecido no coração de Atlântida, a cidadela de Poseídia, que culminava naquela Montanha da Luz.
Os quatro sinos da capela dos Anjos do Mar tocaram simultaneamente. Só nessa altura é que o tempo fora relembrado. Ambos voltaram a observar o topo da Grande Pirâmide. A luz prismática do Grande Cristal começara a diminuir comedidamente a sua exuberância. Era o começo do período do dia a que designavam A Luz Frouxa.
(Estejam atentos ao Próximo Capítulo: Delirium)

sexta-feira, outubro 06, 2006

Viginti Tres (parte 3)


Mar-Hir despedira-se do Peregrino da Luz com quem tinha estado a conversar. Todavia aquele que envergava as vestes atribuídas a um acólito permanecera na sombra daquele que cuja túnica era constituída por partículas de brilho diáfano. Equivocavam-se aqueles que julgavam que tal fulgor provinha do seu traje. Pura ilusão! Provinha do seu corpo, da sua mente clara.
- E o que direi ao mensageiro da corte Rinkinen?
- Direis que amanhã receberão a minha visita. - respondera sem qualquer tipo de provocação ou pretensiosismo.
O Pontífice tinha a noção do perigo que representava a sua recusa quanto à solicitação do Rei Barvaatus em receber a visita do Cisne Negro. Aquela não era de todo altura indicada para importuná-la com visitas de etiqueta que, até tinham o seu cunho de aborrecimento para um bebé de dois anos.
Afastou-se do Acólito numa prolixidade flutuante até à escadaria Viginti Tres tentando travar a correria tresloucada daquela criança.
- Mais devagar… - advertiu receando que algum dia ainda viesse a cair daqueles degraus.
Era uma escadaria de sete metros de largura caracterizada pela sua simplicidade elegante. Cada andar do Templo era separado por um lance de vinte e três degraus.
Asrae encostava-se ao parapeito do primeiro andar, junto ao corrimão de mármore. Não fez menção em descer, limitou-se em observá-los com o devido respeito. Sabia perfeitamente que havia uma maior empatia entre os dois. E no entanto era a ama quem passava mais tempo com a Rinkinen. Era a Sacerdotisa quem lhe estava a ensinar a ler, a escrever, a contar e até a nadar.
O Pontífice tinha uma participação na sua educação um pouco mais distanciada. Era essa a sua intenção de modo a não exigir demasiado de uma criança. Esperaria pelo momento certo para lhe ensinar os princípios cristalinos.
O Ancião e a criança encontravam-se no grande salão suportado por várias colunas em capitel. Por cima das suas cabeças, um tecto oitavado que reflectia os movimentos radiosos do Grande Cristal ao longo do dia proporcionando um deslumbrante espectáculo de luz. As paredes eram compostas por azulejos com pinturas sublimes que retratavam capítulos da História daquele povo tão misterioso. O chão em que caminhavam resplandecia como se fosse feito de cristal. O Cisne Negro ainda se sentia eclipsada por tão intensa luminosidade.
- Avô! Avô! – arregalou os olhos. - Escrevi a minha primeira carta! - exclamou numa imensurável azáfama mostrando-lhe o papiro escrito com a sua peculiar caligrafia. - Podes lê-la? Vá lá!
- Quanta pressa meu pequeno cisne… - comentou num susto sorrateiro. – Leio pois, para gáudio deste velho que chegou tarde para assistir a tão iluminado momento.
A menina definiu um sorriso consolador. Não poderia censurá-lo nem tão pouco odiá-lo. Bastava-lhe a sua presença para fazer desaparecer a sensação de desamparo tão profundo que sentia naquele monte angelical.
As mãos idosas pegaram gentilmente no papiro. Achava engraçado o facto das linhas tortas lembrarem um pouco a forma curva das asas de um cisne. Numa voz afectuosa começou a decifrar aqueles rabiscos:

“Querida Mãe, Querido Pai
Sim sou eu, estou a escreve-los a minha primeira carta. Nao sei se tou a escrever bem. Expero apanhar o geito.
Tenho tantas saudads vosas mas inda bem que nao estao ca oje porque a minha querida Rae cortou-me o cabelo outa vez. É ela que está a ajudar-me a excrever.
Pai tenho desenhad sempre que poso. Hum dia vou desenhar como tu, vais ver.
Mãe tenho sido bem tratada, dexcansa, houviste? Nao kero que chores mais, por favor.
Uma gaea ira entregarvos esta carta. Nao sabia que os pasaros falavam. Porque é que os meus cisnes nao falam comigo?
Nao tenho geito para despedidas. Amo-vos.”

Cisne Negro

terça-feira, outubro 03, 2006

Asas Rubras


Caros leitores do Lost-Keys

Apresento-vos um dos motivos porque tenho estado um pouco ausente. Esta é a capa de um livro de poesia que vai ser editado muito em breve. Não se entusiasmem em demasia, logo vos darei mais detalhes.
Quanto à história do Cisne Negro e no que diz respeito ao capítulo Viginti Tres, este ainda terá mais duas partes. Ainda estará para ser descoberto o significado em torno do 23. Be patient.
Agradeço a todos os que me visitam, àqueles que lêem os meus textos, aqueles que não lêem mas comentam, e aqueles que não comentam mas visitam este meu espaço perdido no universo da blogosfera.
Irei comentar os vossos espaços com a devida atenção, sempre que puder.

And for the record the woman in the book cover is the real Black Swan. Yes, she’s not just a character in this story. She’s more than that. “She is the Light, the Way that you only read about”.
I want to thank you for being such an inspiration, for all the support, for all the years we talk, all the conversations, all the sad and happy moments. The way I see it, we’ll never be apart because your smile is everything to me.