quarta-feira, dezembro 20, 2006

Parabola

E porque o Natal está cada vez mais próximo deixo-vos no sapatinho esta obra-prima do génio de Adam Jones guitarrista da banda Tool. Deixem-se levar por esta Parabola.
All this pain is an illusion.

Feliz Natal para todos os que me visitam.
E porque não vou regressar mais este ano, desejo-vos um ano de 2007 ainda melhor.



So familiar and overwhelmingly warm
This one, this form I hold now.
Embracing you, this reality here,
This one, this form I hold now, so
Wide eyed and hopeful.
Wide eyed and hopefully wild.

We barely remember what came before this precious moment,
Choosing to be here right now. Hold on, stay inside...
This body holding me, reminding me that I am not alone in
This body makes me feel eternal. All this pain is an illusion.

We barely remember who or what came before this precious moment,
We are choosing to be here right now. Hold on, stay inside
This holy reality, this holy experience.
Choosing to be here in

This body. This body holding me. Be my reminder here that I am not alone in
This body, this body holding me, feeling eternal
All this pain is an illusion.

Alive!

In this holy reality, in this holy experience. Choosing to be here in

This body. This body holding me. Be my reminder here that I am not alone in
This body, this body holding me, feeling eternal
All this pain is an illusion.

Twirling round with this familiar parable.
Spinning, weaving round each new experience.
Recognize this as a holy gift and celebrate this chance to be alive and breathing.

This body holding me reminds me of my own mortality.
Embrace this moment. Remember. We are eternal.
All this pain is an illusion.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

As Raízes da Promessa (parte 1)

O Cisne Negro estava sentada num banco de madeira no jardim que embelezava a Praça da Deusa Anfitrite. Àquela altura já não se deixava deslumbrar tanto pela paisagem bucólica existente ao redor daquela estância.
Aos cinco anos era uma menina que se refugiava em pensamentos demorados junto da mais importante divindade feminina de Atlântida. Sentia-se impelida a fazê-lo embora não tivesse sido enfeitiçada pela religião. Era como se Anfitrite a chamasse e a obrigasse a falar tudo o que lhe ia na alma sem preconceitos.
Os últimos três anos tinham sido demasiado pacatos. Sentira-se como um peixe fora de água. Não se enquadrava de todo naquele meio eclesiástico. Não conseguia relacionar-se com ninguém. Foi o que dissera à Deusa assumindo que estava a desrespeitá-la dalguma forma.
Logo no dia seguinte, por mera causalidade, tinha lhe sido concedida alguma liberdade para que não se sentisse tão deslocada. Poderia passear livremente por toda aquela área. Tinha o aval de Mar-Hir. Desconhecia porque motivo teria permitido tal revelia. Teria sido uma intervenção divina? Teria sido Anfitrite?
A criança viu serem alargadas as suas fronteiras, ainda que houvesse alguns locais intransitáveis. Mas tudo aquilo não lhe chegava. Não era somente o local que a restringia, era principalmente o secretismo daquele povo, eram todos muito fechados, demasiado introspectivos. Não deixava de ter a sua ironia, era cada um por si e no entanto eram unidos.
A Rinkinen recordava-se da conversa que tivera com o seu avô:
- Há pessoas que me olham demoradamente mas não me falam. Por que motivo olham tanto para mim, terei alguma coisa de errado? – questionou com aqueles olhos estonteantes, qual mar bravio que se revoltava à procura de tranquilidade.
- Olham-vos num misto de admiração e condenação. Lembrai-vos, fostes a primeira bebé a nascer durante a Luz Frouxa. – recordou numa clara espontaneidade.
Jamais o Pontífice lhe omitiria a condição especial que a distinguia de qualquer outro atlante. Iria informá-la, sempre que necessário, do plano que tinha reservado para si. Não era de se silenciar como muitos do Povo que tutelava.
- Não faças essa cara. Não tem que ser necessariamente ruim nascer durante a fase menos luminosa do dia. Não te deixes condicionar pelo que as pessoas te dizem ou simplesmente pelo modo severo como te olham. Não lhes cabe julgar os mistérios da vida. – serenou-a colocando a mão por cima do ombro da sua neta para lhe livrar do ambiente intimidante em que se encontrara. - Daqui a uns dias levar-te-ei até Cabassus, visitarás os teus pais. – anunciou com alguma reserva.
Nem Mar-Hir, que contava com uma idade avançada e uma inestimável experiência acumulada, sabia muito bem como a tratar. Ora como uma simples menina que protegia carinhosamente, ora como uma reverência atribuída a uma pessoa de um grau de importância elevado, uma pequena senhora. A forma indefinível como se dirigia à Rinkinen explicava-se pelo facto de estar a lutar contra o futuro. Sabia o que lhe estava destinado pois assim o tinha previsto. Apenas não sabia qual o momento em que a balança iria pender mais para o lado de Instrutor da Luz rígido e implacável do que propriamente para seu avô carinhoso, que a enchia de mimos.
Regressada dos seus pensamentos viscerais, a filha de Cabassus afagou um dos seus inseparáveis cisnes. A família tinha aumentado entretanto. Eram agora dezasseis, onze negros, cinco brancos. Tinham acabado de debicar sementes das suas mãos. Um hábito que a sua querida mãe lhe tinha ensinado.
O bando dirigiu-se até ao pequeno lago Inélun, para junto dos seus ninhos. Alguns ainda mergulharam o seu longo pescoço para mordiscar as plantas subaquáticas ficando apenas com a cauda à superfície. Ao menos desfrutavam daquele habitat natural ao ponto de rejubilarem à sua frente. Nem sempre se compadeciam com o estado de espírito da sua tratadora.
Distraiu-se com o movimento colectivo de Iniciados e uma Sacerdotisa a comandá-los ordeiramente. Era Asrae. Distinguia-a ao longe pelos seus cabelos loiros claros que contrastava com a sua indumentária cinzenta. Àquela idade dispensava a atenção permanente da sua Ama. Contudo seguiu no seu encalço apenas para perguntar pelo paradeiro do seu avô.
- Não está, foi meditar junto de Galieas Sirthion.
- E quem é? É a sua mulher?
- Não sua tonta, Galieas Sirthion é a Grande Árvore da Vida.
A Sacerdotisa sorriu abusivamente antes de lhe explicar perante aquelas seis crianças já suficientemente crescidas para saberem que Galieas Sirthion não era uma pessoa mas sim o ex-libris da natureza atlante.
- É a Mãe de toda a Natureza que nos rodeia. Pensei que o Pontífice te tivesse levado lá, ao Monte Atlas. Bem, sempre podes olhar a nordeste e contemplar a nossa Mãe no horizonte.
O seu olhar virou-se para a direcção indicada pela Sacerdotisa. Avistou a Magna Árvore com amuo pois o seu avô não lhe tinha feito tal convite. Desejaria muito conhecê-la. Deveria ser gigantesca para ser vislumbrada dali.
Apesar de ainda ser muito nova para seguir o Princípio Templário, a sua ama convidou-a a juntar-se àquele de grupo de iniciados até à Grande Biblioteca.
Mais uma vez a Rinkinen recusou o convite. Era uma criança bastante contraditória. Não desejava ser preterida e no entanto desperdiçava todas as oportunidades para deixar de o ser. Tal atitude já vinha de trás, desde que tomara conhecimento dos comportamentos distanciados do Povo do Cristal. E tal distância nunca fora suprimida. E pelos vistos não seria ela a dar o braço a torcer.
- Então se entretanto encontrares Adelius diz-lhe onde estamos. – requereu a Sacerdotisa antes de se encaminhar para o Templo, juntamente com os seus discípulos.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Desafio

Voltei do mundo das sombras, temporariamente. Irei visitar todos os vossos blogues. Agradeço a compreensão.
Fui desafiado pela Isabel, espero que ela não me leve a mal se lhe apelidar de “a escritora supersónica”.
O jogo consiste em falar de 6 manias e seguir as regras desafiando 5 pessoas. Desafio desde já a Angel, Broken, Pierrot, O Alquimista, Vero, White Roses Princess, Devaneios e mais duas pessoas que não tem blog mas pode comentar aqui, sim tu mesma, my Black Swan, e tu Mónica. Não são cinco pessoas, também não sou o único a quebrar as regras :P

Então cá vão as minhas manias. Não quero alongar-me muito, estou a pensar na vossa saúde mental. Mas veremos até onde irão as minhas descrições.

1. Tenho a mania de pensar muito, tanto que me distraio. Tanto posso ser um bom observador como um distraído de primeira. Não é por acaso que ia sendo atropelado há dias.

2. Tenho a mania de ouvir música sempre que escrevo. Tenho a mania de ouvir música quando estou na rua, ao ponto de abanar a cabeça, e fazer os gestos com as mãos como se estivesse a encarnar um dos meus ídolos, Danny Carey, baterista dos Tool. Eu sei que há quem pense “olha aquele é maluco”. Melhor comprar uma bateria e fazer isso em casa para não dar nas vistas.

3. Tenho uma mania recente, ir aos grandes festivais de música e trazer muitas peripécias para contar. É sempre uma aventura. Alguém quer vir?

4. Tenho a mania das promessas a mim mesmo, como ir correr para um circuito de manutenção situado nos Pinheiros de Marim e tentar correr 6 kms em menos de meia hora. Será antes mania da perseguição?

5. Tenho a mania da desorganização para depois ter prazer em arrumar tudo.

6. Tenho a mania de ser um pouco masoquista. Mas escuso-me de me explicar. Não quero influenciar ninguém aqui.

7. Tenho a mania de andar descalço em casa, mesmo em pleno Inverno, sempre descalço e pés congelados, mesmo doente e tal.

8. Tenho uma mania estranha de registar notas através do site do Eurobilltracker (www.eurobilltracker.com). Mas há muitos malucos como eu a fazer o mesmo.

9. Tenho a mania de nunca tirar uma cruz que uso da banda Nightwish.

10. Tenho a mania de ser um tio babado. Esta é a minha mania preferida.

11. Tenho a mania de dar tudo pelos meus amigos.

12. Tenho a mania dos amores não correspondidos. Será uma mania?

E ficamos por aqui. Sim tenho consciência de que enumerei mais do que as seis manias estipuladas. Não sou assim tão maluco como podem pensar.